domingo, 18 de julho de 2010

Explorando vídeos

O uso do vídeo na Escola

Os vídeos não são somente para apoio às aulas, são antes de tudo meios de comunicação. Podemos analisá-los, dominar suas linguagens e produzir, divulgar o que fazemos. Podemos incentivar que os alunos filmem e apresentem o resultado de suas pesquisas.
Usar as tecnologias é um desafio. A escola tem que fazer adaptações e mudanças. Pois de fato podemos aprender continuamente. Pode-se começar por formas de utilização mais simples e ir assumindo atividades mais complexas. Experimentar, avaliar e experimentar novamente é a chave para a inovação e a mudança desejadas e necessárias. O que importa na educação, não é melhorar um único meio de educar, mas aperfeiçoá-lo ao máximo. Também importa colocar à disposição do educando uma multiplicidade de meios.
O vídeo apresenta uma série de possibilidades de intervenção. Com o vídeo didático podemos fazer um intervalo para reflexão, podemos voltar atrás, podemos discutir o tema vendo o programa, etc. É possível partir do fragmento para se chegar à totalidade, e poderemos encontrar ainda mais satisfação na cultura elaborada. Esse é o papel sistematizador da educação.
O papel do professor é insubstituível, pois diante de tantas modificações e informações é preciso alguém que auxilie o aluno a analisar criticamente tudo isso, verificando o que é válido e o que pode ser deixado de lado. O professor continua sendo indispensável para que a tecnologia seja utilizada corretamente.
O Vídeo pode ser introduzido na sala de aula, como:
1. Um modo de sensibilização: para introduzir determinado assunto e por meio dele despertar o interesse para o que se quer trabalhar.
2. Conteúdo: uso do vídeo como portador de informações e conteúdos que, de alguma forma, e articulado a outros conteúdos já introduzidos anteriormente, é oferecido como objeto de estudo em si mesmo.
3. Formação de conceitos: o vídeo aqui traz, do ponto de vista temático, o conteúdo ou parte dele que se quer trabalhar em sala de aula. Por meio de animações, imagens, trilha sonora, textos etc. (elementos próprios da linguagem vídeo gráfica), colabora para que determinado conceito seja mais facilmente compreensível pelos alunos e a partir dele se amplie a compreensão e o debate sobre o tema em questão.
4. Contextualização/Ilustração: vídeos que se propõem à construção de cenários que dificilmente os alunos teriam acesso.
5. Simulação: na área de Ciências e Estudos da Natureza, vídeos mostram em minutos o que levaríamos meses para observar e o fazem de maneira tão clara e concreta que os alunos aprendem com maior facilidade.
6. Expressão: os vídeos podem ser produzidos também pelos alunos. Dominar a linguagem vídeo gráfica e saber usar seus recursos, tais como: enquadramento, luz, cor, texto, trilha sonora, efeitos visuais, construção de roteiro, edição, seleção de cenários e de atores, pois também são importantes recursos pedagógicos.
7. Registro/Documento: o vídeo também pode ser usado como registro de experiências e de trabalhos e, portanto como produtos de avaliação da tarefa ou do processo de elaboração da atividade.

Há muitas sugestões e formas de se explorar a linguagem vídeo gráfica. Por exemplo, questionar qual o autor, diretor, produtores, quem fez o roteiro, de que trata o vídeo, o tema abordado, linguagem, trilha sonora, levando em conta o tipo de filme, pois os documentários se autodefinem.

Fontes Bibliográficas:
MORAN, José Manuel. Textos: Desafios da Televisão e do Vídeo à Escola. Disponível em <
http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafio.htm> Acesso em: 17 de julho de 2010.
ANDRADE, Marilene. Resenha: Vídeo, um meio de comunicação na escola – um estudo sobre a apropriação do vídeo por professores do Programa de Capacitação de Minas Gerais. Disponível em: <
http://www.unb.br/fac/sos/artigos/videoummeio.htm> Acesso em: 17 de julho de 2010.
MORIN, Edgar. O vídeo ajuda o professor, atrai os alunos, mas não modifica a relação pedagógica. Disponível em <
http://br.buscaeducacao.yahoo.com/mt/archives/2006/05/atividade _suger.html> Acesso em: 19 de agosto de 2006.

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